Inventário: o que é, tipos mais comuns e como analisar um inventário
Quando o gerente anuncia: — Vamos fazer o inventário! Muitos sentem até um frio na espinha. O departamento de compras pára, a expedição fica maluca, vendas fica desesperada por que não consegue faturar… é uma tensão geral na empresa.
Mas não precisa ser assim.
É possível gerenciar um inventário sem gerar o caos na empresa, mantendo a sanidade e o equilíbrio. O que torna esta tarefa um pouco mais tranquila é a preparação.
Mas ainda assim o gerenciamento do inventário de um armazém é repleto de desafios. Neste artigo vamos entender o que é um inventário e como tornar esta tarefa cheia de desafios pouco mais leve, com a ajuda da Prática Consultoria Logística,
O que é um inventário?
A etimologia da palavra inventário vem do latim inventarium, de invenire, que significa agenciar, diligenciar, promover, achar, encontrar.
No nosso dia a dia, inventário é o registro contábil dos itens, componentes e matérias-primas que uma empresa utiliza na produção ou vende. Ele serve como um acompanhamento preciso dos ativos da empresa e inclui informações como quantidade, descrição, valor e localização de cada item inventariado.
O objetivo do inventário é fornecer um panorama completo dos recursos disponíveis e garantir um giro do estoque da empresa saudável, permitindo que a mesma planeje suas operações de produção e vendas, calcule os custos de produção, lucros, margens de lucro e outros indicadores financeiros.
O giro do estoque é uma das fontes de informação mais importantes da saúde financeira de uma empresa. A rotatividade dos bens inventariados representam o balanço patrimonial, sendo contabilizado como um ativo da empresa, e o fluxo deve ser bem calculado, proporcionando um bom equilibrio entre compras e vendas.
Por outro lado, o excesso de estoque pode se tornar um problema, pois um inventário com pouca rotatividade significa mercadoria parada, ou seja, dinheiro parado em estoque. Está aí a a importância do controle do inventário para uma atividade empresarial.
Tipos de Inventário
Existem três tipos mais comuns de inventário:
- Matérias-primas, os materiais utilizados para produzir bens acabados;
- Trabalho em andamento, Work-in-Process (WIP), matérias-primas em processo de montagem para se tornarem produtos acabados;
- Bens acabados, produtos prontos para serem vendidos.
Com o avanço da atividade logística, aumento da complexidade de produção, ou especificidades de um negócio, outros tipos de inventário pode ser utilizados, tais como:
- Inventário Geral: descreve o processo de contabilizar e identificar todos os itens possuídos por uma empresa. Isso abrange desde o almoxarifado e insumos, até mercadorias, máquinas e equipamentos. Esta prática é extremamente valiosa não apenas para determinar o valor patrimonial da empresa, mas também é vital para as necessidades contábeis.
- Inventário rotativo: é um método contínuo de contagem e recontagem de itens em estoque. Este processo ocorre em um ritmo definido pelo gerente logístico, apresentando uma abordagem que difere um pouco da prática convencional de inventário.
- Inventário cíclico: é um método de controle de estoque que envolve a contagem regular de diferentes categorias de produtos ao longo do ano, em vez de fazer um grande inventário uma vez por ano. Este sistema de inventário está frequentemente ligado ao uso de tecnologia, como sistemas WMS automatizados, para acompanhar e registrar a quantidade de itens em estoque. É também conhecido como estoque cíclico ou estoque de trabalho, é a parte do inventário total que está disponível para atender à demanda habitual.
- Inventário MRO: inventário de bens de manutenção, reparo e operações, que são os suprimentos para a fabricação de um produto ou à manutenção de uma empresa.
- Inventário de trânsito: também conhecido como inventário de pipeline, se refere aos produtos acabados que já foram enviados do vendedor, mas ainda não chegaram ao comprador.
- Inventário de serviços: é a quantidade de um serviço que uma empresa pode oferecer em um determinado período. Por exemplo, um hotel pode ter um inventário de serviços de 100 quartos por semana.
- Inventário de embalagem: é composto por materiais que são utilizados para embalar os produtos destinados a diferentes mercados e clientes.
- Inventário teórico, também chamado de inventário contábil, o inventário teórico é a quantidade mínima de estoque que uma empresa precisa para concluir um processo sem esperar. O inventário teórico é utilizado principalmente na produção e na indústria alimentícia.
- Estoque obsoleto, também conhecido como “excesso” ou “inativo”, é o estoque que uma empresa não acredita poder utilizar ou vender devido à falta de demanda. O inventário geralmente se torna obsoleto após um determinado período de tempo e quando atinge o fim de seu ciclo de vida.
A melhor prática em relação ao inventário é o rastreamento e o controle do estoque. Quando as empresas gerenciam efetivamente o inventário, mantêm estoque suficiente apenas para atender aos pedidos dos clientes, liberando recursos para outras necessidades comerciais e investimentos futuros.
Hoje, é possível realizar um inventário em tempo real, e através de tecnologias inovadoras, como Inteligência Artificial, realizar o controle praticamente em tempo real e pedidos aos fornecedores automáticos assim que os limites mínimos são atingidos.
A importância do controle de inventário
O controle de estoque permite que as empresas obtenham o máximo de lucro. Ele permite minimizar o investimento feito em estoque, permitindo que as empresas avaliem melhor seus ativos em andamento, saldos de contas e relatórios financeiros. Ele é importante porque evita custos exuberantes devido à compra de estoques excessivos ou desnecessários, priorizando o estoque obrigatório.
Com os controles internos e de produção adequados, a prática garante que a empresa possa atender à demanda dos clientes e proporciona elasticidade financeira. O controle de estoque permite obter o máximo de lucro com o mínimo de investimento em estoque, sem afetar a satisfação do cliente. Feito corretamente, ele permite que as empresas avaliem seu estado atual em relação a ativos, saldos de contas e relatórios financeiros.
Práticas recomendadas de inventário
O ditado comercial “se você não pode medir, não pode gerenciar” se aplica ao gerenciamento de estoque e às práticas recomendadas. Embora a primeira prática recomendada seja manter o controle do seu inventário, outras incluem:
1- Estoque de segurança
Também conhecido como estoque intermediário, é a determinação de uma quantidade de estoque mínimo, e talvez uma das práticas mais importantes na gestão do inventário. Ele ajuda a evitar as empresas fiquem sem materiais ou itens de alta demanda. Quando as empresas esgotam seu suprimento mínimo calculado, o próprio sistema aponta a necessidade de compra ou produção, para que não tenha falta de suprimentos no processo produtivo ou caso o nível de demanda aumente inesperadamente. Porém, seu calculo deve ser muito bem dimensionado, para não representar um excesso no estoque.
2- Investir em um programa de gerenciamento de estoque baseado em nuvem
Os sistemas de gerenciamento de estoque baseados em nuvem permitem que as empresas saibam em tempo real onde cada produto e SKU estão localizados globalmente. Esses dados ajudam a organização a ser mais ágil, atualizada e flexível.
3- Inicie um programa de contagem cíclica
Os benefícios da contagem cíclica vão muito além do depósito, pois mantêm o estoque reconciliado e os clientes satisfeitos, além de economizar tempo e dinheiro para as empresas. Os softwares WMS são de grande ajuda para a realização desta ação.
4- Use o rastreamento de lotes
Registre as informações associadas a cada lote de um produto. Embora algumas empresas registrem detalhes precisos, como datas de validade que fornecem informações sobre as datas de venda de seus produtos, as empresas que não têm produtos perecíveis usam o rastreamento de lote para entender os custos de desembarque ou o prazo de validade de seus produtos.
O gerenciamento de estoque é fundamental para fortalecer a cadeia de suprimentos das empresas, pois ajuda a estabilizar a dinâmica entre a demanda do cliente, o espaço de armazenamento e as restrições de caixa.
VEJA TAMBÉM: Mais 9 dicas práticas para fazer um inventário de sucesso
A solução para controlar inventário e estoque com sucesso!
O gerenciamento eficaz do estoque desempenha um papel crucial no sucesso de uma empresa e felizmente para fazer isto temos os sistemas de WMS.
Através de um WMS, Sistema de Gerenciamento de Armazém, os gestores podem ter uma visão clara do seu estoque em todos os momentos da produção, o que é fundamental para o êxito das operações.
Os líderes empresariais reconhecem a importância de contar com as ferramentas certas para gerenciar seu estoque de forma eficiente. Um sistema de Gerenciamento de Armazém (WMS) oferece um conjunto abrangente de recursos para rastrear o estoque em diversos locais, determinar pontos de reposição e gerenciar tanto o estoque de segurança quanto as contagens cíclicas, mantendo o equilíbrio adequado entre demanda e oferta em toda a sua organização com recursos avançados de planejamento de demanda e requisitos de distribuição.
Como você pôde ver, o controle do inventário e do estoque, são elemento cruciais para o sucesso de uma empresa, e dominar sua gestão é um passo importante para impulsionar a produtividade, minimizar custos e melhorar a satisfação dos clientes.
Através das ferramentas que temos hoje o gerenciamento, analise e aprimoramento do inventário não é mais uma tarefa tão aterrorizante, e se realizado via sistema de gerenciamento continuamente, não precisa mais sentir aquele famoso frio na espinha!
Se você precisa realizar um inventário com sucesso, ou implementar as técnicas deste artigo, entre em contato com a Prática Consultoria Logística! Ficaremos felizes em ajudar.
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